Cobertura de Show – Festival Sai da Rede
E finalmente chegou a Salvador o Festival Sai da Rede, idealizado pelo Banco do Brasil, que já passou por diversas cidades brasileiras beneficiando muitas entidades sociais. Aqui as entidades escolhidas foram os hospitais Martagão Gesteira e Aristides Maltez, que receberam as doações de toneladas de leite em pó, trocados pelos ingressos do show.
Normalmente o line-up traz nomes frequentes entre as listas de revelações da música brasileira nos últimos anos, todos com destaques de divulgação pela mídia digital (por isso o Sai da Rede), e para Salvador não foi diferente, tivemos Liniker e os Caramelows, Russo Passapusso e Criolo.
O evento marcado para às 17hs começou numa pontualidade britânica, incomum para os shows aqui na terrinha e, com luz do sol e com a Concha ainda não muito cheia, a Liniker e os Caramelows começou a tocar.
Incrível a quantidade de fã clubes e de gente cantando todas as músicas em coro, a banda que possui apenas 2 anos de fundada parecia uma veterana no palco. A casa foi enchendo, assim que seu repertório dançante foi se apresentando, músicas do EP “Cru”, e principalmente do disco “Remonta” inundaram a Concha Acústica de Blues, MPB e Rock, destaque para a performance da vocalista Liniker Barros, que foi um show a parte, levantando o público na apresentação da música “Zero”, a mais conhecida do grupo.
Às 18:30 entra ao palco, talvez a maior revelação da nova música baiana, Russo Passapusso (vocalista da banda Baiana System) com seu show solo baseado no álbum “Paraíso da Miragem” lançado em 2014. A energia desse cara no palco é algo indescritível e, reverberando numa Concha já lotada, foi uma experiência única. Tentar definir o tipo de som produzido é muito difícil, pois ele é mestre em surfar sobre todas as ondas (Rock, Pop, Axé, Pagode, Baião, Samba, Hip Hop, Rap) numa originalidade nunca vista.
No seu repertório entraram não só as músicas do álbum solo como “Remédio”, “Flor de Plástico” e “Relógio”; mas também “2 cidades” da Baiana System e “Passarinho” de Curumin com participação do mesmo que integrava a banda de apoio na bateria. Duas participações foram especiais nesse show: Antônio Carlos e Jocafi, dupla de cantores e compositores da velha música baiana que fizeram sucesso na década de 70, uma merecida homenagem.
Última atração da noite, Criolo chegou ao palco ás 20hs com seu show dedicado ao samba e baseado no álbum “Espiral de Ilusão” de 2017. Foi uma apresentação bastante empolgante, levantando o público e mostrando por quê foi escolhido para fechar a noite. Carisma, competência e talento não o faltaram, suas mensagens positivas e engajamento político também não.
O BahiaRock agradece a Superintendência Estadual da Bahia do Banco do Brasil pelo convite e apoio para esta cobertura do festival, e a produção do evento pelo trabalho exemplar que realizaram.
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