Cobertura de Show – Eduardo Falaschi – Moonlight Acústico
Quer você goste ou não, Eduardo Falaschi é o músico que mais se movimenta na cena heavy Metal no Brasil. Desde quando saiu do Angra, em 2012, Edu procura manter a carreira viva, ativa e com muita qualidade em seu som. O projeto da vez é a execução de um set acústico – registrado também em CD -, com o título de “Moonlight”, no qual toca, ao lado de um Tiago Mineiro, Ricardinho Paraíso e Wagner Barbosa, canções que marcaram sua carreira em todas as fases, desde o Symbols – banda que teve ao lado do seu irmão Tito -, até o Angra e sua banda solo, o Almah.
E não vamos “nos livrar” fácil da produtividade de Edu. Em 2020, ele lançará o DVD “Temple Of Shadows In Concert Live in São Paulo”, gravado esse ano com o Maestro João Carlos Martins e Orquestra e um disco de inéditas com músicas na linha do Angra. É com muito trabalho e cuidado na produção de cada um desses projetos que ele desembarcou em Salvador, no dia 24/01, para uma dessas apresentações no Teatro ISBA. Logo após a já emblemática apresentação em Recife, que teve a participação de Daniel Diau, vocalista da banda de forró Calcinha Preta, numa versão pra lá de inusitada de Bleeding Heart. Pra quem não sabe a famigerada banda faz diversas versões de canções do rock mundial e a balada do Angra foi uma delas.
Pois bem, numa estética de palco intimista, ao som constante de grilos e referências noturnas, o quarteto inicia sua apresentação, com um Edu muito atuante, tocando violão praticamente o tempo todo, já que os outros músicos tocam teclado, instrumentos de sopro e baixo. Com um set extremamente variado, não faltaram as clássicas do Angra Angels and Demons, Spread Your Fire, Arising Thunder, Wishing Well e Heroes of Sand. Assim como fez em outras capitais, abriu-se um “concurso” para que vocalistas iniciantes participassem do show. Aqui, um rapaz e uma moça, ambos do interior da Bahia, fizeram uma participação bem interessante no show.
Com um carisma privilegiado e com o teatro lotado, Edu não economiza elogios a plateia e fala o tempo todo sobre os pedidos dos fãs – nas redes sociais – de músicas que deveriam integrar o set. Toca, inclusive, uma da fase do Symbols, chamada Hard Feelings, por conta desses pedidos. Não foge, também, da versão brasileira – cuja ele foi o cantor – do tema da animação Cavaleiros do Zodíaco, Saint Seya, cantada em uníssono pela plateia (nerd) presente.
Diversas canções do Almah, baladas e versões acústicas, também estavam no set, como Age of Aquarius, Warm Wind, Primitive Chaos, Speranza e Breathe. Obviamente, para finalizar o show, não poderiam faltar as canções mais emblemáticas da carreira do Edu no Angra: Nova Era e Rebirth, cantadas saudosamente pelos fãs. Um final com agradecimentos extensos, e com a banda tocando temas da música nordestina, o vocalista se derrete com o carinho do público e elogia a cultura da região. Mais uma demonstração de como esse cantor sabe agradar seu público.
Apesar da desconfiança de como soaria um show nesse formato, o carisma de Edu, a qualidade dos músicos e um set muito bem escolhido fizeram, mais uma vez, o público baiano sonhar com épocas áureas de canções sendo tocadas ao vivo. Mais uma vez, esse site agradece a Alexandre Afonso, idealizador da rádio Rock Freeday, pela realização do evento que, ao menos, mantém viva a chama de bons tempos desse som aqui na Bahia. Até a próxima!