Cobertura de Show – Sepultura – Celebrating life em Salvador

Cobertura de Show – Sepultura – Celebrating life em Salvador

Uma noite épica em Salvador: O adeus do Sepultura na Concha Acústica

Na noite de 12 de dezembro de 2024, Salvador foi palco de um evento histórico: a última apresentação do Sepultura na cidade, como parte da turnê de despedida que celebra os 40 anos de uma das maiores bandas de metal do planeta. A Concha Acústica do Teatro Castro Alves tremeu com o peso dos riffs, a energia do público e a emoção de um adeus que jamais será esquecido. 

Pontualmente às 19h15, a introdução de “Refuse/Resist”, do clássico Chaos A.D. (1993), ecoou pelas arquibancadas da Concha, enquanto o público ainda lutava contra o trânsito caótico da cidade no horário de pico. Mas não demorou muito para que o espaço ficasse completamente lotado, transformando o cenário em uma verdadeira celebração ao metal. 

Com um setlist que percorreu toda a carreira da banda, o Sepultura trouxe um panorama completo de sua evolução sonora, desde os primórdios com Morbid Visions (1986) até o último disco de estúdio, Quadra (2020). Clássicos como “Territory”, “Dead Embryonic Cells” e “Troops of Doom” incendiaram a multidão, enquanto faixas mais recentes, como “Guardians of Earth”, mostraram a relevância da banda até os dias de hoje. 

Um dos grandes destaques da noite foi a incrível performance do baterista Greyson Nekrutman, de apenas 22 anos. O jovem americano entrou para a banda de última hora, substituindo Eloy Casagrande, que saiu pouco antes do início da turnê. Com uma técnica impressionante e uma energia avassaladora, Greyson (chamado por Andreas Kisser de “Seu Greyson”) dominou as baquetas e entregou uma performance absurda, mostrando porque foi a escolha certa para essa missão tão desafiadora. 

Um momento especial da noite veio com “Kaiowas”, uma obra-prima instrumental do Chaos A.D. (1993), que trouxe ao palco Martin Mendonça, guitarrista baiano conhecido por sua atuação nas bandas Gridlock, Malefactor e Cascadura e que atualmente toca ao lado de Pitty. A música, carregada de elementos percussivos, ainda contou com participações especiais de convidados e de algumas pessoas da plateia, que se juntaram ao ritual tocando instrumentos de percussão. Foi um momento de conexão profunda entre a banda e seu público, reafirmando as raízes culturais que sempre inspiraram o Sepultura. 

E como não poderia deixar de ser, o show chegou ao clímax com “Ratamahatta” e “Roots Bloody Roots”, tocadas no bis, ambas do lendário Roots (1996). A energia foi avassaladora, levando os fãs à loucura em uma celebração coletiva de riffs pesados, percussão visceral e coro uníssono. Cada nota parecia carregar o peso da história da banda, um testemunho de sua influência no metal mundial e de sua conexão com os fãs brasileiros. 

Ao final, o público deixou a Concha em êxtase, com um misto de euforia, alegria e saudade. Foi uma noite épica que ecoará para sempre na memória dos metaleiros baianos. O Sepultura pode estar encerrando sua jornada, mas seu legado viverá eternamente.

O Sepultura é

· Derrick Green – vocais
· Andreas Kisser – guitarras
· Paulo Jr. – baixo
· Greyson Nekrutman – bateria

Galeria de Fotos:

Marcio Costa

Marcio Costa

Diretor Administrativo e Web Master.

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