Review – Álbum – Sofie Jell – Beauty Lies in the Eyes Pt. 2
Sofie Jell é uma banda criada em 2017 na cidade de Feira de Santana. Formada por por Lucas Laudano (vocais e guitarra), Leonardo Guimarães (bateria), Bruno Mendes (baixo) e Marquinhos Menezes (guitarra), apresenta uma sonoridade que remete muito ao grunge, mas também com influências de stoner rock, indie rock, entre outras. Em 2021, lançou o EP “Beauty Lies in the Eyes Pt. 2” – o nome sugere ser uma continuação de “Beauty Lies in the Eyes Pt. 1”, lançado em 2018.
“Why” abre o EP com um riff acelerado, vocal atormentado com ecos de Silverchair e Pearl Jam, guitarras cheias de overdrive… enfim, grunge “na veia”. Na letra, um dos lamentos mais universais: “How could you leave me?” (“como você pôde me deixar?”). A segunda faixa, “Overrated”, mantém o álbum em alta velocidade com um riff grave com pegada stoner, mas se torna mais melódica no refrão, e traz um bom solo de guitarra.
“Figure out”, por sua vez, chega com uma sonoridade mais indie, mas fica mais “pesada” e arrastada no refrão (onde chega a lembrar Queens of the Stone Age), quando pede para um certo alguém: “want you just to think about why I don´t like you” (só quero que você pense sobre por que eu não gosto de você”).
Em seguida, temos “Insidead”, que começa bastante melódica, mas em após alguns segundos vai fazer você bater cabeça com o riff distorcido e a bateria “quebrada” – falando em distorção: os timbres de guitarra são muito bons em todo o álbum. O vocal segue numa crescente de desespero, acompanhando os diversos sentimentos da música. A letra fala de sofrimento, tensão e desilusões, encerrando com a frase: “I don’t want to be insidead” (“eu não quero estar morto por dentro”).
A quinta faixa, “Down” é um raro momento de “calma” do álbum, desta vez, mantendo-se melódica e quase “acústica” do início ao fim, com a distorção aparecendo apenas na introdução e no no belo solo de guitarra. A letra tão melancólica quanto a melodia: “On the ocean I drown/among the pieces of my own” (“no oceano eu me afogo/entre os pedaços de mim mesmo”).
E por fim, “Wasted days”, com seus mais de 5 minutos, alterna entre uma calma melancolia e explosões de desespero, encerrando em grande estilo um conjunto de músicas que merecem ser ouvidas com atenção (de preferência, com fones de ouvido), para uma total imersão no universo da Sofie Jell.
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