Cobertura de Show – Charlie D, Falsos Modernos e Eduardo Penna e os seus
Data do Evento: 06/12/2025
Local: Discodelia Pub & Records – Salvador – BA
Com 25 anos de carreira musical, Eduardo Penna teve uma trajetória bastante prolífica na cena rock de Salvador, tendo sido vocalista, guitarrista e compositor nas bandas A Grande Abóbora e Los Canos. Após se mudar para Brasília, criou outros projetos como o Sexta tem Pilates e a Uine, e também lançou álbuns solo. Na noite de 06/12, pudemos vê-lo apresentar ao vivo, no Discodelia Pub & Record (Rio Vermelho), músicas dessas diversas fases, com a “Eduardo Penna e os seus”; esta nova banda conta com seus companheiros da Los Canos Maurício Baleeiro (bateria) e Gilberto Eloy (baixo) – ambos atualmente na Cobra City – e o guitarrista Bruno Carvalho (Meus Amigos Estão Velhos, Falsos Modernos).
Abrindo o evento de um artista com uma carreira extensa, temos o oposto: Charlie D., de 15 anos, fazendo seu primeiro show. Com um som que eu chamaria de indie rock (mas não sei se entendo direito dessas nomenclaturas ou se estou desatualizado), Charlie apresentou duas músicas próprias (“Não vou sair” e “Corpo morto”, já presentes nas plataformas digitais) e 3 covers: “Zombie” (Cranberries), “Mad Hatter” (Melanie Martinez, que afirmou ser sua principal influência) e uma improvisada “Californication” (Red Hot Chilli Peppers) quando o público pediu mais uma música. A nova geração vem com tudo!
A principal atração da noite veio logo em seguida. Penna entregou um verdadeiro “greatest hits” de sua discografia, começando com a nova “Eu quero é prova” (do último álbum solo, “Rosa”), para logo depois relembrar a Los Canos com “Nada sem você”; e foi assim por todo o show, idas e vindas por estes 25 anos.
Foi um show especial, repleto de participações igualmente especiais: Mariana Pacheco (mais conhecida como Mary Estrela da Los Canos) dividiu os vocais em “Essa é você” (da Sexta tem Pilates); Dudare (Meus Amigos Estão Velhos, Falsos Modernos) também foi pro vocal em Coração Bola Oito (Los Canos); Glauco Neves (Meus Amigos Estão Velhos) e Fernanda (a Nanda Abóbora), com sua filha, Stela, foram ao palco para reviver “Oi! Tudo bem?” da A Grande Abóbora (ele na bateria, elas nos vocais).
Charlie D voltou ao palco para cantar suas duas parcerias com Penna (“Apertar minha mente” e “Vazou”); e a última das participações, Martin Mendonça (Pitty) foi para a guitarra solo em outro hit da Los Canos, “Bandinha de rock” (com Nanda Abóbora, Stela e Natália, esposa de Penna, nos vocais também). Nesse e em vários momentos, foi como se eu estivesse no Calypso em “2000 e poucos” novamente; ainda mais quando, logo em seguida, veio mais uma da Los Canos para encerrar o show: o “rock sujo” de “Mercadologia”.
Falando em encerrar: a noite foi encerrada em alta voltagem com a Falsos Modernos. Rock dançante, com ótimos músicos (trazendo de volta o guitarrista Bruno e o baixista Dudare, citados acima) e vocal poderoso, e com direito a boas versões de “Monster potion n. 9” e “Psychogrubs”, duas músicas dos lendários Dead Billies. Também teve participação: Maurício Rocha (vocalista da banda Arrow) subiu ao palco no mesmo nível de empolgação para cantar “You really got me” (The Kinks). Agora deixa eu parar por aqui, porque o texto já está maior do que eu planejava: sinal de que foi realmente uma ótima noite de rock ‘n roll.
