Review – Álbum – PsiCORDÉLico

Review – Álbum – PsiCORDÉLico

O nome PsiCORDÉLico é bem curioso em definir de forma tão simples e clara a sonoridade da banda. Pegue guitarras distorcidas e psicodélicas, e misture com a cultura de cordel, usando o modo de cantar dos cantores de repente: pronto, temos a melhor definição do som do grupo.

É sempre bom ver bandas que criem algo diferente e criativo, ainda mais usando elementos locais da sua cultura e os misturando com rock. Diversos outros artistas já fizeram misturas similares, e algumas delas servem de influência para o PsiCORDÉLico como Nação Zumbi e Gilberto Gil, só para citar alguns.

Inclusive, uma das 5 músicas do EP leva o nome da banda e é bem didática em apresentar o som do grupo através de uma canção. E deixa bem clara também o conteúdo de suas letras que fazem algumas críticas sociais, mas também de conteúdo político. “Educação e Cultura”, por exemplo, fala da importância delas e de como elas vão salvar o Brasil. O tom mescla seriedade com um pouco de irreverência.

Outro tema abordado pela a banda é sobre a discriminação das drogas, mais especificamente a maconha. A música “A Maconha que Virou Incenso de Procissão” conta uma história hilária sobre o assunto, seguindo bem a linha dos cantores de repente. É uma canção épica de mais de 8 minutos.

O grande mérito da banda é conseguir transformar essa mistura em algo totalmente coeso e interessante. Temos muitas guitarras pesadas com influências de heavy metal, criando o clima de psicodelia, com alguns pequenos toques de música eletrônica, MPB, reggae, e obviamente, a cultura do cordel.

O PsiCORDÉLico apresenta em 5 músicas, no EP de mesmo nome da banda, toda a sua pluralidade musical. Uma banda que foi capaz de captar a essência da cultura nordestina do cordel e misturar com rock, fazendo um som atual e interessante, sem soar dissonante com elementos que poderiam simplesmente não fazer sentido algum juntos.

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Ramon Prates

Ramon Prates

Editor-Chefe e Web Master. Apaixonado por música, especialmente rock, e também por escrever, logo juntando as duas coisas resolvi dar minha contribuição para o rock baiano através do BahiaRock.

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